Fazenda divulga Boletim Econômico com panorama fiscal em 2022 e os desafios para as finanças estaduais 22/12/2022 - 16:50

A Secretaria da Fazenda divulgou nesta quinta-feira (22) o Boletim Econômico com uma breve apresentação técnica sobre o panorama econômico deste ano, com destaque para os desafios e riscos para a gestão das finanças estaduais em 2023.

O ano de 2022 foi marcado pela inflação mundial, com muitos países registrando suas taxas de inflação mais altas em décadas. A receita de impostos do Paraná em 2022 seguiu a trajetória inflacionária dos preços administrados.

Na primeira metade do ano, a arrecadação cresceu 22% nominal em relação ao mesmo período de 2021. Só a arrecadação de combustíveis cresceu 30% nominal no período, sendo responsável por 26% do total de ICMS no primeiro semestre. Já no segundo semestre a situação foi bem diferente. Os impactos da Lei Complementar 194, de 23 de junho de 2022, que limitou, entre 17% e 18%, as alíquotas de ICMS de alguns serviços considerados essenciais, comprometeram a estrutura arrecadatória das unidades federativas.

Segundo dados da Secretaria da Fazenda, somente em novembro a arrecadação no setor de combustíveis teve redução de -52,1%, no setor de energia elétrica a redução de receita foi mais de -80% e para telecomunicações -47,8% em relação ao mesmo período de 2021. A previsão é que o impacto possa chegar em R$ 3,2 bilhões ainda em 2022 e a projeção de perdas mais severas a partir de 2023, na casa de R$ 7,9 bilhões.

Em relação as despesas em 2022, o aumento da despesa de pessoal ficou em evidência pelas reestruturações das carreiras do Estado, auxílio alimentação para algumas carreiras do Estado e o reajuste de 3% para todo o funcionalismo. Além do aumento de 133% do orçamento inicial no mesmo período para investimentos.

Já a perspectiva para o próximo ano será de estagnação da atividade econômica, com crescimento esperado de 0,1% (projeção IBRE-FGV), devido à forte revisão no PIB da agropecuária e contração do PIB em todos os demais setores, como também, pelo lado da demanda, do consumo das famílias.

Acesse AQUI o boletim na íntegra.