A Receita Estadual do Paraná recebeu, nesta segunda-feira (26), uma comitiva de auditores da Secretaria da Fazenda de Minas Gerais para uma visita técnica focada no intercâmbio de boas práticas e no reforço da cooperação fiscal entre os estados. O encontro teve como principal objetivo a construção conjunta de estratégias para otimizar a fiscalização do ICMS, acelerar a recuperação de débitos tributários e intensificar o combate ao crime organizado.

As equipes firmaram um acordo para realizar reuniões periódicas, ampliando o compartilhamento de ferramentas, metodologias e conhecimentos em administração tributária.

Durante a visita, o Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (CIRA), que une órgãos fazendários, o Ministério Público e outras instituições, foi um dos pontos altos da discussão. O comitê tem se mostrado um aliado crucial no enfrentamento de crimes como a sonegação estruturada e a lavagem de dinheiro.

A Receita do Paraná também apresentou o Sistema de Monitoramento Fiscal de Emissores (SIMFE), uma ferramenta desenvolvida para identificar e combater as chamadas "empresas noteiras", criadas com o propósito de gerar créditos fictícios de ICMS. O SIMFE tem sido eficaz na detecção de fraudes, protegendo a arrecadação estadual.

Outro destaque foi o Programa de Conformidade Fiscal (CONFIA Paraná), que visa modernizar a relação entre o fisco e os contribuintes. Com um foco preventivo, o CONFIA estimula a regularização espontânea e oferece benefícios para os contribuintes que mantêm suas obrigações fiscais em dia.

A diretora da Receita Estadual, Suzane Gambetta, reforçou o compromisso da instituição com uma atuação mais rigorosa e eficaz. "A Receita Estadual do Paraná reforça seu compromisso com uma atuação cada vez mais severa e eficaz no combate à sonegação e ao crime organizado, sem abrir mão de investir no melhor atendimento aos contribuintes que buscam cumprir corretamente suas obrigações fiscais", afirmou.

“A parceria entre Paraná e Minas Gerais demonstra um esforço conjunto para modernizar a fiscalização e aprimorar as estratégias de combate à sonegação, garantindo maior justiça fiscal e eficiência na gestão dos recursos públicos”, finalizou Suzane.