Fazenda divulga Boletim Econômico com destaque para os riscos fiscais em 2022 22/12/2021 - 14:26

A Secretaria da Fazenda divulgou nesta quarta-feira (22) o Boletim Econômico com uma breve apresentação técnica sobre o panorama econômico deste ano, com destaque para o cenário do estado em 2022 e seus riscos fiscais orçamentários.

O Boletim conta com a análise de dados mais recentes no Paraná e no Brasil. O panorama realizado mostra que o setor de serviços avançou 3,0% no trimestre móvel entre julho e setembro de 2021 (na comparação com o trimestre abril-junho do mesmo ano). Por outro lado, no mesmo período o comércio recuou 2,4% e 1,7%, no Paraná e no Brasil, respectivamente. A indústria também apresentou recuo nesta base de comparação, de 0,8% no Paraná e de 2,0% no país.

Em junho, as perspectivas para o desempenho do PIB eram de um crescimento de 2,4%, passando para apenas 0,5% em dezembro, de acordo com os relatórios do Boletim Focus divulgados pelo Banco Central do Brasil. Entre as projeções há ainda quem aposte na queda do PIB brasileiro em até 1% no próximo ano. Os principais fatores para essa revisão são a elevada inflação, que corrói o poder de compra das famílias, e o aperto das condições financeiras, com a elevação da taxa básica de juros.

Os maiores desafios de 2021 no campo social e econômico foi o avanço da vacinação e a normalização das atividades. Com o bom desempenho das receitas, não apenas o déficit inicial foi coberto, mas também novas despesas puderam ser realizadas. Em contrapartida, esse aumento das despesas em 2021 pressiona o orçamento para o ano que vem.

Para o próximo ano o cenário econômico vem se mostrando mais desafiador. Isso porque a pandemia afetou não só a atividade econômica, mas também desorganizou as cadeias produtivas globais, com impacto sobre preços e a oferta de insumos industriais básicos. Reflexo desse movimento foi o avanço da inflação ao longo de 2021.

“É importante que haja prudência na gestão das finanças estaduais, tendo em vista buscar manter as contas equilibradas para fornecer serviços públicos de qualidade e de forma sustentável para a população paranaense”, destacou o secretário da Fazenda, Renê Garcia Júnior.

RECEITAS TRIBUTÁRIAS – A aceleração inflacionária afetou diretamente o desempenho da arrecadação de diversos tributos estaduais, em especial o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) – principal fonte de receita dos estados.

Entre janeiro e outubro, a arrecadação de ICMS apresentou um crescimento nominal de 25,1% na comparação com o mesmo período de 2020, chegando a R$ 31,7 bilhões – de acordo com o Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO).

RISCOS FISCAIS PARA 2022 - Os riscos fiscais pelo lado da atividade econômica se materializam através das perspectivas de menor dinâmica de crescimento para economia brasileira em 2022, associadas a um aperto das condições financeiras.

A previsão de crescimento econômico para 2022 vem sendo revista para baixo recorrentemente ao longo deste ano, chegando a uma projeção de apenas 0,5% no último relatório disponível. Existem ainda importantes pontos em tramitação ou em discussão sobre a sua aplicação imediata que podem representar em sua execução final um risco fiscal de até R$ 5,9 bilhões ao ano para os cofres do estado.

Acesse AQUI o boletim na íntegra.