Economia em Dia: boletim destaca sinais de desaceleração da economia brasileira 02/09/2025 - 15:58

Os sinais de desaceleração da economia brasileira são destaque da mais recente edição do Economia em Dia, boletim da Assessoria Técnica de Economia (ATE) da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa). Publicada nesta terça-feira (02), a análise faz um panorama geral da atividade econômica do país, demonstrando os caminhos que apontam para esse cenário de desaquecimento.

E são vários os índices que apontam nessa direção. Como destacado no boletim, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) recuou 0,1% no último mês de junho em comparação a maio – a segunda retração seguida. E, por mais que tenha crescido 0,3% no segundo trimestre em comparação ao primeiro, essa variação foi o menor crescimento para um segundo trimestre desde 2021.

Além disso, como explica o assessor técnico de Economia que assina o texto, Juliano Farias, o comércio ampliado brasileiro caiu 2,5% em junho, reflexo de uma queda em sete das dez atividades econômicas que compõem o índice. Setores como o de veículos recuou 1,8% no período, enquanto os serviços prestados às famílias caíram 1,4%.

E, por mais que tenha havido crescimento em outras áreas, como transportes (2,5%) e serviços (0,3%), os sinais de alerta já começam a aparecer. “A combinação destes indicadores aponta para um processo de desaceleração que ganhou força”, destaca Farias em sua análise.

INFLAÇÃO – O Economia em Dia traz também uma leitura sobre os números relacionados à inflação, que apresentou uma leve redução em julho em comparação ao mês anterior, chegando a 5,23% no acumulado dos últimos 12 meses.

“O arrefecimento da inflação é consequência, além das tradicionais flutuações da oferta e da demanda, da valorização do real frente ao dólar”, escreve o assessor técnico da Sefa. “No dia 20 de agosto, a moeda americana atingiu R$ 5,40, o menor valor em um ano”.

OUTROS DADOS – O boletim traz também outros dados e análises sobre o cenário econômico brasileiro, como a relação quase contraditória entre a expansão do mercado de trabalho mesmo diante do processo de desaceleração da economia. “A taxa de desocupação alcançou 5,8% em junho, enquanto a massa real de rendimentos atingiu R$ 351 bilhões, ambos recordes históricos”, aponta o relatório.

COMO ACESSAR:

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